quinta-feira, janeiro 15, 2009

15.01.2009

Sabe quando seus instintos berram que há algo errado?
Que você se sente como um tigre enjaulado?
Muitos diriam para deixar tais sentimentos de lado, ou até mesmo sorririam dizendo:
- Ué? Você despreparada? A Grande McKellen sem saber como agir?
Para essas pessoas, meu olhar lhe causaria certos calafrios.
Despreparada? Nunca.
Mas isso não diminui a minha ansiedade. O meu andar de um lado para o outro, com os ombros arqueados para trás e o olhar desconfiado.
Alguns diriam mais uma vez que estou fumando cigarro demais, mas até mesmos esses recuam seus passos, quando não estou com o vício aos lábios e me encontro com o olhar tão concentrado na tela de um computador.
Recuam, um, dois até mesmo três passos, passando e rodeando de longe para não sofrerem o bote inesperado.
O Semblante muda, ficando sério, quando sentem minha alma inquieta, selvagem em certo ponto.
Às vezes posso até notar o alívio no suspirar de suas almas, quando deixo o computador de lado e vou fumar um cigarro, para logo em seguida voltar para o computador.
Poderia até mesmo rir, quando algumas pessoas me perguntam se estou bem e digo que não sei.
Mas não rio. As pessoas ficam com medo. Receosas quando meu olhar parece distante, caçando algo que não está lá.
O pequeno fica afastado, o mais longe possível de mim nessas horas e ainda posso escutar os sons indo e vindo, rodeando-me nessa mescla de sons de mata e aparelhagem pesada.
Dos pássaros cantando mesclados com o piar desolado de galináceos novinhos.
O ressoar do sino grita, clama, implora, chamando-me para longe da tecnologia e suspiro, sentindo...
Tendo a sensação a me perseguir.
Aquele mesmo sussurro que não me abandona desde ontem.
Quando mesmo acompanhada, o mundo deixou de existir.
E o peito ainda retumba aquelas mórbidas palavras.