terça-feira, abril 21, 2009

21.04.2009

Alguns trabalhos sempre retornam, mesmo sendo um deles longe da área literária.
Pessoas dizem que não dá para viver o lado romântico, ou um sonho frágil.
Realmente, no começo não dá.
Apelações, negociações e eis que a minha vida volta a correr nas madrugadas boêmias das vidas de outros.
Corre por esse lado e se afasta de minha vida que diziam ser boêmia.
Meus olhos percorrem o espaço ocupado por pessoas de minha convivência.
Meus pensamentos tornam-se estranhos para as pessoas de minha convivência.
"Você diminuiu o cigarro, McKellen, mas em compensação..."
Eles não completam, complementam, nem se arriscam.
Enxergam-me uma pessoa estranha, uma nova faceta, aparentemente uma pessoa mais sombria e quem sabe até mesmo mais agressiva.
Minhas palavras não são mais delicadas.
Não há mais o lado mãe que protegia a todos.
O lado guardião é o que afaga e o que dá porrada.
Não há mais tempo para sutilezas em minhas palavras.
"Há algo errado com você, McKellen"
Sim... Eu sei que há algo errado, pois meu corpo, minha mente, pensamentos, sentimentos. Tudo voltou a era do Caos.
Caos que se contorce, retorce, que gira, que é agressivo, que consome, que cria, que extingue.
Caos que não possui grilhões. Nenhum tipo de grilhão.
E este Caos... Fere...
...
...
...
Não a mim, mas aos outros que ainda dirão no mais tardar:
"Volte a fumar mais cigarros, McKellen"