segunda-feira, julho 31, 2006

31.07.06

Sniper: *o sorriso surgia nos lábios.. um pouco maquiavélicos ao ver quem teria que matar.. A Luneta então era colocada no Rifle que tanto gostava e que fazia o seu serviço e com calma se ajeitou.. tinham tantos alvos em potencial..* Minha mãe... mandou.. eu escolher este daqui... *engatilhava o Sniper.. a bala de calibre alto se ajeitava na calha enquanto o dedo deslizava sobre o gatilho.. acariciando-o* mas como eu sou teimoso... *firmava o rifle enquanto seu rosto gentilmente acariciava a arma.. deixando-a bem acomodada* eu escolho... este... da..*respirava fundo.. prendendo o ar no momento em que o dedo puxava o gatilho.. ao invés de apertar.. o projétil era disparado em grande velocidade.. fazendo seu percurso.. passando por uma janela... Vento.. janela.. tudo devidamente calculado e então o segundo estalo.. o estalo mais alto que todos naquele local poderiam vir a escutar.*.. qui...*O romper da caixa craniana se fazia alto.. um buraco pequeno na entrada que se tornava grande na saída.. o jorro de sangue que pintava a parede de vermelho com pontos brancos dos pedaços de cérebro que escapou por aquele buraco que agora parecia tão grande... A luneta mostrava então o corpo que praticamente tombava de uma forma interessante.. fazendo parecer que a pessoa tinha sido atingida por um jogador de futebol americano.. a parte do corpo pendia para baixo enquanto as pernas se erguiam um pouco do chão.. e então o engatilhar do Sniper mais uma vez, enquanto o corpo da senhora tombava de modo brusco no chão.. deixando que o mesmo ganhasse uma nova cor com o sangue que se espalhava... Nunca tinha sido tão divertido matar um elfo de cabelos aloirados e orelhas pontudas.. Diziam que ele era viado.. mas quem poderia compreender a feminilidade dos elfos de Arda? Sorri vendo o corpo do elfinho caido com a cabeça explodida.. estava em cima de um prédio fora do alcance dos olhos dos outros.. sabia ser sutil como o estouro de uma manada de elefantes.. mas ainda sim era discreto em seu modo de agir.. engatilhava a segunda bala.. era gostoso escutar aquele ruído da bala deslizando pela calha e se encaixando na agulha.. o roso acariciava de eleve a arma quando ele se ajeitava e dizia* tag.

Keyra McKellen: *Keyra fala de forma bastante entusiasmada no celular*

Sniper: *ele franzia o cenho escutando aquele som baixo que vinha no Bluetooth preso em seu ouvido* Mais alguém incomodando?

Keyra McKellen: Não... Não... depois conversamos...*sorria*

Sniper: *Ele desmontava o sniper com calma guardando-o na maleta e se retirando do telhado do prédio.. era divertido fazer aquele serviço, quando era requisitado*

Gabriel V.Heldrich: *O barulho do motor de um belíssimo Dodge Viper azul, com duas listras passando pela parte de cima, paralelas e eqüidistantes poderia ser escutado momentos antes de aparecer a entrada do bar a figura de Gabriel Van Heldrich.. De fato, um exótico rapaz, já começando por sua aparência..era de uma beleza realmente intrigante, porém, não mais intrigante do que a forma como se vestia. Estava com uma camisa escura de manga curta, e, por cima dela, uma jaqueta que parecia ser feito de couro de zebra, não que fosse feia, mas sim, exótica. Caminhou tranqüilamente com seus passos vagarosos para adentro do local, observando cada um que ali estivesse. Sentou-se logo no balcão.* Por favor, uma dose de Whisky escocês maltado, 18 anos, sim ? * Dizia Heldrich para o rapaz que logo em seguida fora preparar a bebida do mesmo. Gabriel então virou-se de costas para o balcão para observar melhor o movimento do local. O sorriso entrava numa linda e intrigante harmonia junto com seu sorriso enigmático, faria até mesmo Mona Lisa ficar estupefata com tal, e em conjunto com o olhar penetrante e misterioso chamavam a atenção. Manteve-se depois de pedir a bebida num silêncio quase que sepulcral. Virou-se novamente para o balcão quando chegou o próprio pedido, enquanto que acendia um de seus cigarros, dando uma leve tragada ao mesmo e soprando a fumaça para o alto, dando uma leve golada ao whisky, a degustando, whisky esse, que atestava ainda mais a sua nacionalidade e seu patriotismo. Não aparentava ter mais de que seus 26 anos de idade. Tinha cabelos longos e semi ondulados, esses que iam até depois dos ombros. Usava um par de brincos argolados de cor prateada,e ao pescoço, apenas uma pequenina pedra de ônix ao que tudo aparentava. Deu outra golada ao whisky e ficou olhando ao pessoal conversando e rindo, apenas escutando o que eles falavam *

Keyra McKellen: *Depois do senhor stress que teve na noite anterior, onde ela teve que explicar por repetidas vezes o mesmo assunto.. lógico.. um tempo depois que ela tinha sorrido por matar saudades de uma amiga de infância.. Keyra estava com sua alma um tanto quanto sombria.. ou poderia se dizer maquiavélica.. tinha pedido um serviço mais cedo que foi executado em perfeição.. tinha que se lembrar de agradecer o amigo depois.. mas naquele momento.. ela apenas se preocupava em beber o café capuccino e se distrair por um momento.. estava fazendo calor naquele dia.. o que obrigou Keyra a prender os cabelos bicolores em um rabo de cavalo alto. o que deixava a aparência até intrigante.. pois os cabelos pareciam castanhos, mas o rabo de cavalo estava ruivo. Mas mesmo estando calor.. a moça em seus 27 anos de idade estava com uma blusa de manga comprida.. negra.. uma blusa que descia até abaixo de seus quadris.. não muito folgada.. nem muito apertada. não bastando isso, vestia um Jeans claro que parecia ter sido remendado.. coisas da moda por assim se dizer.. mas mesmo assim ainda não terminava, pois Keyra não era fã de sapatos finos ou calçados completamente femininos.. gostava de botas de caminhada por achar elas um tanto quanto confortáveis.. e ainda assim, era uma moça de olhos escuros.. lábios levemente carnudos.. com uma altura mediana e um peso que não a deixava gorda e muito menos magra.. uma pessoa comum.. em um local comum.. como ela bem gostava de dizer*

Gabriel V.Heldrich: *A presença de muitas pessoas ali não chegava a incomodar Heldrich, até porque, isso facilitaria o fato de esconder-se caso viesse a ser necessário e, também , o tornava mais simples de não ser notado. Contudo o bar não estava movimentadíssimo a esse ponto. Gabriel pegou um jornal que jazia em uma máquina ao lado, abrindo-o e usando para tornar-se somente mais discreto. Colocou uns óculos de leitura que sempre levava consigo. Logo após a entrada de Keyra, parecia estarem juntas se cada uma não fosse para uma direção diferente, entrava também o alvo de Heldrich. Pegou discretamente a foto ao bolso juntamente com o maço de cigarros. Acendendo um deles e conferindo a foto. Keyra pode sentir o olhar de Gabriel cair sobre sua pessoa quando ela entrou, quando na verdade ela estava a mirar para a outra mulher atrás dela, que seguia para o segundo andar. Gabriel seguiu a mesma com o olhar de forma discreta enquanto tomava outro gole de sua bebida, essa, já pela metade. Deu um longo trago ao cigarro e voltou a olhar para o jornal, que ocultava a foto da garota. Guardou a foto juntamente com o maço de cigarros, voltando a prestar atenção ao jornal, contudo, olhando disfarçadamente para Keyra... de repente... estavam realmente juntas, o que dificultaria o serviço. Durante todo o momento, Gabriel não disse se quer uma palavra *

Keyra McKellen: *Keyra tomava seu café.. um pouco incomodada com algo.. aquela sensação de ser observada sempre vinha de forma estranha.. não que ela fosse uma vidente ou algo parecido.. mas ainda sim.. era como se algo estivesse errado no ambiente.. Os olhos escuros de Keyra observam com os cantos dos olhos o local.. Nada de virar o corpo ou a cabeça.. ou se não já estaria sendo ridícula.. mas o que ela poderia esperar de um bar afinal? ainda mais com poucas mulheres no ambiente.. Por um momento pensa.. e repensa.. ergue-se indo ao balcão.. tinha esquecido a bolsa em casa, mas ao menos estava com a identificação e o cartão.. pedia ao atendente uma carteira de Lucky Strike e um isqueiro pequeno e azul.. ela realmente gostava daquela cor.. mas a sensação.. * Argh.. *resmunga um pouco passando a mão a nuca.. pensando se deveria soltar o cabelo ou não.. mas Logo estava ali aquele vício.. maldito vício que aos pouco retornava quando ela não queria que retornasse... e voltava para a mesa que estava sentada desde o início... retirava o lacre plástico e o pequeno pedaço de papel com alumínio.. respira fundo invertendo o primeiro cigarro e levando o segundo aos lábios* eu devia parar com isso.. resmunga quando deixa a pedra girar e a chama alaranjada surgir para acender o seu cigarro*

Gabriel V.Heldrich: *Somente a audição de Gabriel trabalhava naquele momento..por mais difícil que fosse perceber o que Keyra estava a falar, Gabriel aprecia entender algumas coisas. Enfim, nada de importante ou que revelasse se ela estava junto com a mulher que adentrou quase junto com ela. Ficou tranqüilo, algo lhe dizia que ela não passava somente de uma mulher com problemas de cigarro. Riu de leve pra si mesmo...desviando o olhar para a mulher ao balcão, fechando o jornal e em seguida levantando-se dali, deixando o jornal sobre a mesa, dando um ultimo trago ao cigarro que estava a fumar, jogando –o ao chão e pisando em cima do mesmo. Deixou os longos cabelos soltos num rabo-de-cavalo. Caminhou em direção ao lado da moça, retirando da carteira uma nota de 10 Euros para pagar a dose de whisky que havia pedido * Aqui está.... *Entregou o dinheiro ao rapaz do balcão, logo em seguida olhando para as escadas que levavam ao segundo andar. Precisava ser discreto... contudo, ali dentro era o pior local possível para concluir para concluir o serviço. Pegou o telefone celular afastando-se um pouco deles. Olhava para os lados enquanto seguia para o lado de fora*... Estou na minha posição... prepare-se...ela deve sair em pouco tempo... *Dizia em outro idioma e em voz bem baixa. A mulher pode perceber um sotaque na fala de Gabriel. Se tivesse conhecimento, saberia facilmente que se tratava de um sotaque escocês. Do lado de fora, perto da porta de entrada, Gabriel forçou a vista para perceber seus aliados espalhados pela rua disfarçados. Estava tudo nos conformes... faltavam somente alguns minutos para o seqüestro...*

Keyra McKellen: *tragava o cigarro com calma.. como se lastimando por estava fazendo aquele ato.. levava mão à nuca.. a sensação estava diminuindo.. observava então o cinzeiro à mesa.. apoiando o cigarro. Keyra estava tão alheia ao estranho rapaz com o casaco exótico.. estava tão imersa em seus pensamentos.. Ao menos naquele dia ela tinha colocado no ar mais um de seus trabalhos.. Um trabalho que por sinal ela estava achando que estava ficando pesado.. mas saí dos devaneios a pegar novamente o cigarro.. tinha que ficar de olho no horário para não perder a hora de ir para o trabalho* em breve.. em breve tudo se acalmará.. *murmura depois de exalar a fumaça que estava presa nos pulmões... O que a alegrava é que ela poderia dar um tempo.. um tempo se muitas preocupações.. mas isso não duraria.. Keyra em certo ponto era uma pessoa que não conseguia ficar sem trabalhar por muito tempo.. mas Keyra erguia o olhar.. quando escutava alguém falando com um sotaque tão bem conhecido por ela.. * Scotish guy? *murmura em tom baixo franzindo o cenho.. Mais um trago.. mais um exalar de fumaça e novamente a mão a massagear a nuca.. estava acostumada a ver Ingleses.. americanos.. russos e tantas outras coisas mais.. Até um Holandês ela encontrou outro dia.. mas um escocês.. um irlandês?? Não.. não.. tinha muito tempo que ela não escutava um sotaque como aquele*

Gabriel V.Heldrich: *Com o passar de alguns minutos a mais observando a voz do rapaz, pode ter certeza de que se tratava de um, já que atendeu ao celular confirmando que estava tudo ok. Nem chegou a desligar o mesmo...a parte dele estava feita, somente iria dizer quando a garota estivesse saindo...o que estava acontecendo naquele exato momento. * Todos aos seus postos.....ela está saindo... *Disse e desligou o celular. Quando a garota saiu pela porta Gabriel fez que iria entrar, esboçando uma trombada com ela. Se Keyra prestasse atenção na cena, e fosse astuta, perceberia que Gabriel aproveitou o encontrão para colocar algo dentro do bolso interno do sobretudo que a mulher usava* Oh! Me desculpe sim ? *Sorriu logo abrindo caminho para a garota que também sorriu e foi caminhando. Heldrich seguiu para a mesa onde havia sentado sem muito se preocupar com a situação. De dentro de seu bolso, pegou uma espécie de palm-top e a caneta. Pediu outra dose de whisky e acendeu outro cigarro. Ficou a observar a telinha. Os presentes ao lado de dentro do local podiam escutar um carro partindo cantando os pneus. Heldrich acompanhava tudo pela telinha do palm-top. Na verdade era uma espécie de radar ali. Contudo, a qualquer aproximação, inclusive do rapaz que lhe trouxe a bebida novamente, ele escondia a tela do mesmo. Olhou para Keyra enquanto tomava um gole da bebida, sorrindo de forma despretensiosa como se estivesse somente a cumprimentando por educação. Logo dava-se ao luxo de acender outro cigarro. *

Lana Callhan: *Olha para ele sentada da onde está*

Keyra McKellen: *ela semicerrava os olhos levemente ao tomar o café com mais calma, enquanto deixava o cigarro a se queimar no cinzeiro.. o café estaria quente? Com certeza não.. mas Keyra tinha certeza.. aquele rapaz vinha da mesma terra que ela vinha. o que estava aprontando afinal? estava ali fazendo hora? e então veio o encontrão.. o sorriso vinha ao canto dos lábios de Keyra com a discrição do rapaz.. abaixava o olhar.. vendo o cigarro chegando ao fim.. abrindo mais uma vez a carteira de cigarro e pegando outro.. acendendo-o e virando o rosto levemente para o lado para soprar a fumaça pouco depois que Gabriel passou.. uma bela olhada discreta com a desculpa de estar exalando a fumaça.. vendo Gabriel voltando a mesa dele e começar a brincar com um Palm-Top.. olhou levemente para o lado ao escutar o cantar de pneus e sorria agora de forma mais aberta* Interessante... *murmura voltando a fumar o cigarro e se ajeitando na cadeira.. não antes dos olhos dela encontrarem os olhos de Gabriel e ele em seu sorriso cínico a cumprimentar... ele podia ver a fumaça escapar por entre os lábios de Keyra. podia ver o breve semicerrar dos olhos, envoltos naquele sorriso e o breve menear da cabeça retornando o cumprimento vindo dele* Até mesmo o IRA não faria melhor.. Murmurava como se a pensar.. ou divagar os pensamentos dela*

Lana Callhan: *Olha para a mulher com um certo desacato. Amarra os cabelos num rabo de cavalo melhorado e levanta da cadeira*

Gabriel V.Heldrich: *Gabriel após perceber o cinismo do sorriso da mulher , não mais a observou. Ficou ao menos mais uns 20 minutos mantendo o olhar no visor do palm-top. Depois desse tempo, se ela continuasse a espreita-lo, pode perceber um sorriso satisfatório aos lábios de Heldrich. Nesse momento desligou o palm-top guardando-o no bolso de sua jaqueta, e pegando o copo com whisky levantando-se. Fora caminhando diretamente até a mesa onde estava sentada a mulher que havia sorrido para ele a exatos 20 minutos atrás. Ao chegar na mesa dela, puxou uma cadeira, mas sem nada dizer.. somente olhando para ela como se estivesse a esperar que ela fizesse algum sinal positivo permitindo que ele pudesse sentar-se ali. Os olhos de Heldrich, misteriosos e penetrantes, miravam aos escuros olhos de Keyra, como se procurasse algo neles, alguma informação sobre aquela mulher. Só então depois de alguns segundos em silencio. * Não sei se deveria perguntar.... *sorriu * Mas notei um certo cinismo no seu olhar.... *o sotaque escocês permanecia na fala, com ou sem a permissão da mulher...sentou-se na mesa de frente para ela. Dando o ultimo trago ao cigarro, ele apagou o mesmo ao cinzeiro, e soprou a fumaça para o alto, dando um ultimo gole ao whisky que havia pedido a pouco. *

Keyra McKellen: *Ela observou.. espreitou com toda a certeza de que poderia haver naquele mundo.. e pode notar o sorriso satisfeito.. e o guardar do palm-top.. voltou a prestar atenção à mesa dela.. pedidno mais um café e indo para o terceiro cigarro do dia.. isso não era nada bom.. mas quando ele arrastou a cadeira.. quando ele pode observar os olhos de Keyra.. ele pode notar o olhar de uma mulher que parecia já esperar tal aproximação... não falava para ele se sentar.. mantinha-se na dela a fumar o cigarro enquanto esperava o café chegar* E quem no mundo não é cínico meu caro... Lowlander.. *Ela deixava claro aquele sotaque escocês.. o famoso escocês gaélico que alguns poucos Highlanders ainda usavam.. e Keyra pode ver o rapaz se sentando sem nenhuma cerimônia a soprar a fumaça e beber o último gole de Whiskey* Espero que você não se importe da breve companhia ...

Gabriel V.Heldrich: *Ele sorriu com o que ela havia dito. Percebeu rapidamente que ela possuía um sotaque gaélico. Contudo, mesmo se tratando de uma possível conterrânea, a situação não era bem social para ele. Embora quisesse demonstrar que era sim. * Edimburgo ? *Dizia o nome ao menos da cidade de onde ele era..a capital da Escócia. Deu um gole demorado ao whisky* Na verdade não me incomodo com a breve companhia, até porque eu estou saindo agora pouco.... somente vim até aqui, pois pensei que seus olhos quisessem me dizer algo mais... *Levantou-se* mas estava enganado.... *Virou-se de costas sem mais demoras, e também sem despedir-se dela. caminhou de forma tranqüila até a saída do local, onde foi caminhando ate o estacionamento do mesmo seguindo para o próprio carro. Lá dentro suspirou pesadamente, balançando a cabeça negativamente* Preciso de férias..... *dizia rindo pra si mesmo ao passo que ligava o carro e saía dali para o local determinado pelo conjunto antes do serviço ter sido feito*

Keyra McKellen: Highland.. *murmurava em tom baixo.. escutando aquela conversa completamente diferente. O rapaz se esforçava? Talvez por serem da Escócia.. os olhos.. era engraçado como os olhos de Keyra podiam enganar.. talvez os dois se esbarrassem outro dia.. o Rapaz deveria trabalhar para o IRA.. mas como dizia o lema escocês...* Nemo me impune lacessit...*via ele se retirando de forma calma.. saindo da forma que chegou.. meneia a cabeça em negação acabando o café e apagando o cigarro.. era hora.. ela tinha que ir para o trabalho.. Keyra então se erguia saindo daquele lugar para finalmente ir ocupar a mente com outra coisa*

sábado, julho 29, 2006

29.07.06

Keyra McKellen: *Ela se espreguiçava... deixava o corpo se esticar todo.. por completo.. não queria abrir os olhos.. os dias estavam tão cansativos.. e ela aos poucos estava voltando a ter seus problemas de insônia.. Girava o corpo sobre a cama.. uma cama de solteiro de preferência para ela não se sentir mais solitária do que já se sentia. Ao menos assim era bom.. e então seus olhos se abriam quando o corpo de bruços abraçava o travesseiro.. Companheiro das noites mal dormidas... vendo ali perto coisas que faziam parte da vida dela.. Keyra então se levanta.. já era noite, e talvez ela naquele dia tenha dormido um pouco demais.. ou talvez não.. era um dia de "folga" como ela mesmo resolvia dizer.. A alma dela continha tantas coisas.. tantas palavras querendo escapar..* estou ficando taciturna.. *murmura deixando que o corpo se erguesse e seus passos a levassem para o banheiro... lavava o rosto.. usavaprodutos que diziam deixar a pele mais jovem.. produtos que qualquer mulher deveria usar depois dos 25 anos.. mas ela sorria. tinha chegado na idade que tinha chegado.. sem ter tantas frescuras..* Você só envelhece se você pensar que está ficando velho.. *murmurava enquanto preparava sua profilaxia dentária.. palavras que estava escutando demais com as propagandas de filhos perfeitos.. mas como a propaganda mesmo dizia.. crianças assim não existiam... nem tudo era perfeito.. terminada as frescurites agudas e quem sabe crônicas... Keyra vai até o seu armário.. pegando seu vestuário companheiro.. um jeans como sempre gostava de usar... observava as blusas que ali continham* Lasombra.. *murmurava sorrindo ao pegar a blusa branca de gola rolê.. e depois uma camisa social de mesma cor.. o Jean era escuro.. negro e ficaria de acordo com o casaco negro e pesado que ela costumava usar.. pronto.. como não poderia deixar de ser ela colocava a meia.. as botas de caminhada e então pegava a bolsa..* nem tão Lasombra assim.. *ria ao se ver no espelho do elevador antes de deixar o prédio finalmente e caminhar pelas calçadas na paisagem noturna.. e calma da cidade.. respirava fundo.. tinha que pensar em outras coisas.. ela já tinha feito parte do serviço durante a madrugada.. faltava o que? Ah!! sim.. ela ainda precisava se dedica a duas páginas ao menos.. pensaria nisso depois.. afinal.. quem sabe uma boa Guinness não lhe inspirasse.. Uma Guiness e as poucas almas que se aventuravam sair nas ruas naquela noite. Boreas tinha diminuído a sua presença naquela paisagem noturna.. estava menos frio do que alguns dias atrás.. mas era completamente normal.. em breve não seria mais Inverno.. logo estariam na estação primaveril... ela observava as luzes da cidade.. os neóns nem estavam tão presentes como outrora.. neóns substituídos por cartazes que indicavam os estabelecimentos... e ela já podia ver depois de algum tempo de caminhada o referido bar que era objeto de cobiça para tantos. Por que ela estava indo para lá mesmo? Ah!! Sim.. para buscar alguma inspiração quem sabe? No fim.. ela passava pela porta.. via as mesas bem posicionadas a gosto de todo tipo de cliente.. via o balcão tão disputado em dias que se tornava quase impossível de entrar ali.. talvez.. ainda fosse cedo. ou talvez ..* hoje não seja o dia ideal.. *sentava-se ao balcão.. em uma das banquetas que lá tinha, escutando algo como* Falou algo? *vindo do atendente.. ela retirava da bolsa o box de Lucky Strike.. o pequeno isqueiro azul que ela até acabava deixando-o entre os dedos.. fazendo-o passar de um um par de dedos para outro par.. enquanto respondia* Sim.. eu gostaria de uma caneca de Guinness... * O atendente meneava a cabeça em afirmação e então saía para pegar o pedido dela.. servindo-a um pouco depois e deixando um cinzeiro ali por perto acaso ela fosse fumar.. Keyra via com os cantos dos olhos aquele líquido perfeito.. negro com a espuma amarronzada sendo posto ali perto dela.. pode ver o pequeno papel que indicava a primeira de muitas canecas que ela poderia vir a tomar.. deixa um riso breve escapar ao se lembrar de um papel daquele.. que continha pingüins.. que a medida que chegava em números altos.. simulava alguém bêbado demais que no fim.. de cem canecas.. tombava de bêbado..* Obrigada.. *ela pegava a caneca. deixando o isqueiro sobre a carteira de cigarro e finalmente provava e Ah!!! como ela gostava daquele sabor levemente amargo que continha um sabor único que lembrava o café. tomava com calma sua cerveja.. sabia saboreá-la.. a primeira caneca era única.. devia ser bebida de forma moderada.. provada.. deixar o gosto marcante da cerveja sobre o palato para não esquecer jamais daquela primeira caneca de muitas.. mas não iria apenas beber.. e Keyra pede algo para acompanhar a bebida.. Estava com fome? seria aquilo um milagre para quem passou a noite em branco praticamente? Não.. era apenas a simples questão de sobrevivência.. Nunca... Nunca.. beba cerveja de estômago vazio... Isso Nunca faz bem.. para ninguém.. *sorria.. e ía saboreando a cerveja enquanto esperava seu pedido.. ainda não tinha por que se virar para ver o ambiente, mesmo escutando uns poucos burburinhos no local* ainda não é hora de espiar.. *sorria ao falar vendo seu pedido a chegar* Novamente obrigada... *agradecia o atendente e resolvia provar o que tinha sido servido.. não era de todo mal.. talvez um pouco de pimenta... e sim.. estaria perfeito.. e foi o que ela fez.. pedindo a pimenta para esquentar um pouco as coisas.. colocava um pouco.. provava.. parecia alguém que sabia o que fazia.. como se a avaliar o tal condimento.. olhava para cima e derrama mais alguns bons filetes do condimento em forma líquida sobre o "petisco" e então entregava a pequena garrafinha para o atendente.. voltando a comer, para aí sim continuar a beber*

Sniper: *A noite não estava tão fria, mas ela parecia perfeita. Tinha recebido um chamado.. montava de forma calma seu Sniper. Podia ver aquele lugar.. Pegava a pequena Luneta e confirmava o seu alvo.. o sorriso surgia nos lábios.. um pouco maquiavélicos ao ver quem teria que matar.. A Luneta então era colocada no Rifle que tanto gostava e que fazia o seu serviço e com calma se ajeitou.. tinham tantos alvos em potencial..* Minha mãe... mandou.. eu escolher este daqui... *engatilhava o Sniper.. a bala de calibre alto se ajeitava na calha enquanto o dedo deslizava sobre o gatilho.. acariciando-o* mas como eu sou teimoso... *firmava o rifle enquanto seu rosto gentilmente acariciava a arma.. deixando-a bem acomodada* eu escolho... este... da..*respirava fundo.. prendendo o ar no momento em que o dedo puxava o gatilho.. ao invés de apertar.. o projétil era disparado em grande velocidade.. fazendo seu percurso.. passando por uma janela... Vento.. janela.. tudo devidamente calculado e então o segundo estalo.. o estalo mais alto que todos naquele local poderiam vir a escutar.*.. qui...*O romper da caixa craniana se fazia.. um buraco pequeno na entrada que se tornava grande na saída.. o jorro de sangue que pintava a parede de vermelho com pontos brancos dos pedaços de cérebro que escapou por aquele buraco que agora parecia tão grande... A luneta mostrava então o corpo que praticamente tombava de uma forma interessante.. fazendo parecer que a pessoa tinha sido atingida por um jogador de futebol americano.. a parte do corpo pendia para baixo enquanto as pernas se erguiam um pouco do chão.. e então o engatilhar do Sniper mais uma vez, enquanto o corpo da senhora tombava de modo brusco no chão.. deixando que o mesmo ganhasse uma nova cor com o sangue que se espalhava... O serviço estava feito.. os outros alvos que ele precisava eliminar saíram o mais rápido possível.. talvez estas pessoas seriam as únicas que ficariam horrorizadas com aquela violência toda... matava apenas pelo simples prazer de matar.. ou será por que alguém tinha deixado um recado em seu bip.. não importava.. desmontava o Sniper e saía do local usado para fazer a tocaia... passando um tempo depois perto do local.. fazendo um pequeno gesto para uma pessoa em particular e indo embora*

Mark VanVersatti: * Naquela hora os arranha-céus tornavam-se grandes pilares centrais de uma cidade em decadência por onde os carros passavam ao redor com suas luzes artificiais e estrondosas buzinas. Carros de polícia passavam voando nas ruelas como flashs. Mark parecia habituado com tudo. Saltou do ônibus no ponto próximo ao Bar e logo tirou os óculos escuros. Aparentava uns 27 anos, tipo fisico atlético, pele clara um tanto pigmentada pelo Sol. Vestia-se com uma camiseta branca que fazia frente à pele bronzeada e junto disso uma calça jeans acinzentada e um tênis esportivo parecedo algo de como um Reef. Os cabelos agora eram num corte quase que militar, bem baixos e de um castanho médio que contrastava com os olhos verdes e a barba rala. Apenas adornado por um anel de prata no polegar e um cordao também prateado para dentro da camiseta o homem foi rumando na direção da porta de entrada do Bar. Mark parou à porta do Bar encostando no capô de um carro - que também não sabia de quem era - e ficou esperando por algo ou alguém. Puxou do bolso traseiro o maço de cigarros com o isqueiro dentro e sacou d'uma vez só o cigarro e o isqueiro de dentro do maço. * - Tsc...* Ficou de costas contra o vento para poder acender o cigarro. Acendeu com sucesso, lógico, e voltou para a posição anterior olhando para as pessoas que passavam pela calçada, principalmente mulheres ou gente "estranha". *

Keyra McKellen: *se espantava com a quantidade de "petisco" servido.. aquilo não era mais um petisco e sim uma refeição completa, mas nada que a boa Guinness para acompanhar, enquanto o bar tentava se encher de pessoas.. Keyra jura ter escutado algo. mas na hora estava tão concentrada em comer e beber, que nem reparou na senhora caída ao chão e na parede pintada de vermelho e branco.. o atendente dava de ombros, afinal.. aquilo era comum para uma cidade violenta.. ela jurou ter visto algo.. não ao que se tratava da mulher.. pensou até ligar para confirma a sua "alucinação temporária", mas preferiu tentar acabar de comer o refeição e beber a sua cerveja.. para quem sabe.. em sua percepção se dar conta das pessoas que pareciam alheias com a parede pintada de vermelho e pequenos pontos brancos e o chão a ganhar uma nova cor*

Mark VanVersatti: * Mark passou pelo local e olhou a mulher caída no chão. * - Meu deus. * Parecia esta acostumado com aquilo, mas se tratando de uma senhora, poderia ver a que ponto a cidade havia chegado. Cercada de corrupção, Nova York não era mais um lugar muito esperto para se viver do 'modo americano'. Era preciso entrar nos jogos para poder sobreviver. Cumprimento o barman com um soco fraco na mão dele de mão fechada e um aceno com a cabeça. * - Meu John ... Vê uma cerveja preta para mim ae por favor, igual a de ontem; BEM GELADA. * Riu e olhou por alguns instantes para Keyra. Parecia que ela também não estava tão assustada com a mulher caída no chão, no mínimo fora do normal a atitude. *

Keyra McKellen: *podia escutar alguém mais que pedia uma cerveja escura e bem gelada..... alguém que finalmente dizia o nome do atendente ao qual ela nem se preocupou em perguntar o nome.. mas ela continuava a ver o final de sua... "refeição” bem condimentada e a beber a cerveja.. ali do lado de Keyra, a carteira de cigarro parecia implorar para ser aberta e ter um cigarro de lá retirado.. o Isqueiro pequeno e azul se mantinha paciente também.. mas Keyra parecia mais.. entretida com a refeição e a cerveja escura que já não tinha a espuma amarronzada* vai querer outra Guinness? *ela ergue os olhos escuros para o atendente* sim por favor.. *vertia o resto do líquido não desperdiçando uma gota sequer.. enquanto o atendente colocava mais cerveja gelada ali para ela*

Brenda Mox: *E finalmente o dia terminava, mas como sempre ela acabava tendo que chegar àquele local tão sem graça, mas parecia ser o único lugar em toda aquela cidade em que poderia ter alguns momentos de paz depois de passar o dia todo pulando, dançando, fazendo coreografias e alegrando um bando de homens e bêbados... bom, mas não poderia negar que aquela situação era mais reconfortante do que antes... Apesar de estar calor ela vestia um sobretudo branco e o deixava fechado, não deixando nada a mostra, a não ser o salto agulha da bota de couro que usava... ela adentrava ao local com um belo óculos escuros e ia caminhando em direção ao balcão... tinha o rosto fino, delicado, de uma expressão inocente... os lábios eram carnudos, belos, realçados pelo brilho labial que ela usava... a pele de um tom bronzeado contrastava com a cor do sobretudo, assim como os cabelos negros que estavam bem amarrados por um rabo de cavalo... ela se sentava em uma das cadeiras perto do balcão e cruzava as pernas vendo o rapaz que se aproximava, já tirava os óculos escuros e o colocava na cabeça, ajeitando bem para que não desmanchasse em nada seu penteado, abrindo um sorriso simpático* Oi John... o de sempre! *o rapaz sorria e logo trazia um copo de cerveja e deixava a frente da garota* "E então? Eles ganharam?" *o rapaz ia dizendo e limpando o balcão com um pano meio encardido já do serviço e ela terminava de dar um gole na bebida, respirando fundo* É... ganharam! Sabe John, se eu não precisasse tanto desse "serviço"... *fez um gesto com os dedos como se colocasse aspas na palavras* eu já teria largado... não aguento mais... *a expressão aborrecida perdurava agora na face e ela escorava o cotovelo no balcão, pegando a bebida e dando mais um gole* Mas fazer o que, né? Eu preciso me formar! *levantou o copo como se brindasse e dava mais um gole*

Mark VanVersatti: * Mark retirou os óculos escuros e os fechou colocando sobre o balcão enquanto olhou a senhora cáida no chão ? Assassinato ? Desmaiada ? Ah, nem queria saber. Aquilo ali parecia sucumbir a corrupção e um homem não iria salvar a cidade. Olhou Keyra mais uma vez e aquela aparência, casaco pesado, pele alva, realmente ... tinha que se habituar mais àquela parte dos Estados Unidos. O barman chegou com a lata de cerveja preta e a deixou sobre o balcão. * - Valeu cara. * Ainda estava com o cigarro de antes entre os dedos. Deu um trago e jogou a fumaça do cigarro para o alto e depois deu um gole largo na cerveja. *

Keyra McKellen: *ela sentia aquele cheiro único.. o cheiro que apenas uma fumaça de cigarro poderia deixar no ambiente.. observava a comida enquanto criava coragem para acabar.... observava a cerveja e erguia o olhar.. pensativa.. virou o rosto para poder olhar por cima dos ombros os arredores.. pode ver uma melhor de sobretudo branco que tinha chegado a pouco e falado sobre uma possível vida.. sim.. era engraçado ver que um bar era sempre o refúgio certo para expor um pouco dos problemas para o coitado John que devia conhecer a vida de meio mundo por ali.. olhou então o cenário e sorriu meneando a cabeça* é.. não foi impressão minha.. *voltou a comer parecendo não se incomodar com a senhora morta ao chão sem parte de seu cérebro.. nem sabia se a polícia seria chamada.. ou se retirariam o corpo dali.. como sempre "Ele" continuava sendo sutil como um estouro de manada de elefantes.. e ela tinha que ligar depois para saber o que ele falaria.. pois sempre falava algo.. dava de ombros em seus pensamentos particulares.. voltando a comer e a beber.. o que mais ela poderia fazer? Ah! sim.. quem sabe puxar uma conversa? não era pra isso que os bares.. boates.. centros de diversões noturnos eram destinados a fazer?*

Brenda Mox: *Jonh a olhava com uma expressão meio piedosa, sabia bem o que a garota já havia passado para chegar aonde estava e como lutava para se manter na universidade... segurou a mão dela e beijou suavemente, apertando de uma forma amistosa* "Você sabe que sempre pode contar comigo Brenda! Sabe que sempre terá um amigo por aqui que quer te ajudar em tudo" *a garota sorriu, era bom saber que ainda tinha algumas pessoas que iam com sua cara apesar de tudo... nunca foi santa e isso não agradava a maioria das pessoas, principalmente as mulheres, somente Deus sabe a razão!* Eu sei John, eu sei! Por que acha que volto a este local sempre? Acho que somente aqui consigo alguns momentos de paz, momentos que passo comigo mesma sabe? *ficava passando a ponta do dedo indicador dentro do copo de cerveja, brincando com o líquido, olhando para ele concentrada, com um biquinho de certo tédio... pegou novamente o copo e terminou o que havia dentro dele com um gole somente, e mostrando o copo a John* Enche John, hoje eu não tenho nada a fazer, portanto, a bebida será minha companheira até a hora que eu terei de voltar para a minha vidinha! *enquanto o rapaz pegava o copo ela girava o corpo e agora podia ver o movimento... algumas pessoas, nada de mais, sempre havia muita gente naquele local foi quando seus olhos caíram sobre os olhos azuis do rapaz... o encarou alguns instantes e logo recebeu o copo, o pegando e girando o corpo novamente, ficando de costas para a multidão* Coloque algo para tocar John, vamos animar esse local! Não agüento mais essa melancolia, não concorda! *sorria novamente e dava um gole na cerveja, mexeu rapidamente no rabo de cavalo e quando a música começou a tocar ficou tamborilando com os dedos no balcão*

Mark VanVersatti: * Deu mais um trago no cigarro enquanto escutou a sirene de algumas viaturas policiais pararam à frente do Bar junto com uma ambulância. Mark olhou para trás e riu ao ver a ambulância. * - Caralho, que desagradável isso aqui. * Olhou mais uma vez a mulher caída não chão com a cabeça estourada provavelmente por um tiro. * - Tu já estava aí quando aconteceu ? * Perguntou para a mulher sem uma intenção a mais. Talvez saber como foi, que horas, fosse o objetivo da pergunta. Mas sabia que a lei era a do silêncio, ninguém ia falar nada. Ninguém "nunca veria" alguém matar outro ainda mais num bar. *

Keyra McKellen: *ela bebia um gole de cerveja.. e repousava a caneca sobre o balcão.. tinha vontade de rir com as declarações entre John e a garota do sobretudo branco.. era engraçado ver aquilo em um local que tinha uma senhora morta* não vi.. estava na hora.. mas não vi.*falava como se fosse normal* escutei um estalo.. diferente.. não olhei na hora pois estava começando a comer isso aqui.. *aponta para a refeição que estava já perto do fim* mas.. como a violência anda um tanto quanto exacerbada.. *dá de ombro voltando a comer.. mastigando com calma e depois de engolir o que ela mastigava ela responde... * não dei importância pois está fora de minha alçada... *ela finalmente olhava para ele* Servido? *ao que parecia ela não tinha perdido o apetite com tudo aquilo*

Brenda Mox: *ficava tamborilando os dedos ali, seguindo o ritmo da música, era incrível, aquele maldito trabalho parecia ter feito seu corpo ficar de uma forma que qualquer música que tocasse já lhe dava vontade de dançar... aquilo estava se tornando um vício, um vício nojento para ela, já que sentia vontade de dançar... no começo a dança era algo que ela amava muito, depois se tornou uma obrigação que a fazia sentir certa vergonha pela forma como tinha que se deixar levar pela mesma, como tinha que se mexer, não por prazer, mas por obrigação, para poder fazer o trabalho valer a pena, para que assim pudesse manter sua vida no caminho certo... se ajeitava na cadeira, querendo conter o quadril e logo pegou a cerveja e deu mais um gole, sentindo a mesma descendo gelada pela garganta e acalmando um pouco o seu ânimo, mas quanto tempo poderia conter aquilo? Cerveja demais fazia o contrário do que ela queria naquele momento... deixou o copo por sobre a mesa passou as pontas dos dedos por cima do olho direito, como se buscasse se concentrar... deixou o copo sobre a mesa e o empurrou um pouco mais distante de si mesma, levando ele mais em direção a John* Tira isso daqui John, não posso ficar viciada nisso tb! *ria um pouco do que havia dito e meneava a cabeça em negativo* Ainda preciso fazer um trabalho da universidade... quero dizer, começar, já que não o terminarei hoje com certeza! *se levantava da cadeira e fazia um gesto com a cabeça ao barman* Estarei ali na mesa John! *viu o homem que a pouco estava mais distante e nada fez, somente seguiu a mesa, se sentando e cruzando as pernas, fechando os olhos... começou a cantar alguma música em um ritmo latino* A fallen beauty... so exotic... when she smilles, she took my breath away... *cantava baixinho, fechando os olhos e relaxando no assento*

Mark VanVersatti: - Uma mulher é estopada com um tiro na cabeça e ninguém vê ? * Levantou-se quando os policiais chegaram e se aproximou dela um pouco. * - É melhor falar que chegou depois se eles perugntarem alguma coisa senão vai ter que terminar sua refeição no prédio da corregedoria prestando seu testemunho mesmo que não tenha visto nada. * Bateu de leve o cotovelo nela como se estivesse avisdo como proceder em caso de abordagem. * - Ou sei lá.. se quiser vá, aí é de cada um. * Olhou para trás os policiais cercarem a área da mulher cáida e a cobrir com um pano de mesa que aos poucos foi grudando no corpo ensanguentado. * - Argh ... * Olhou para a refeição. * - Não, não. Servido de nada, nem da minha cerveja. * Deu mais um trago no cigarro e o apagou quase pela metade. * - O cara provavelmente atirou com uma arma acima da .45 pra abrir esse rombo. Enfim .. * Meneou em negativo. * - Bárbaros .. * Olhou para a mulher com um pouco mais de atenção agora. * - E você ? Qual seu nome ?

Keyra McKellen: *ela escutava as recomendações dele.. escutava a indignação dele queria gargalhar com tudo que escutava de outra pessoa.. mas se continha.. estava taciturna mais cedo.. e agora? estaria maquiavélica.. de humor negro?* Ninguém viu... *falava em tom baixo* por que ao que parece quem atirou não estava aqui..*Olhava para a refeição e voltava a comer um pouco* eu sei as complicações.. e eles irão pegar o testemunho de todos.. que você goste ou não.. quanto ao tiro.. *ela olhava na direção da senhora que estava sendo coberta.. olhava as coisas em volta* uma .50 eu diria... *voltava para a cerveja.. ao ver que os policiais começavam a ir nas pessoas para perguntar o que viram.. se estavam por ali ou não na hora exata do momento* Isso pode ter tirado seu apetite e a sua vontade de beber.. mas a curiosidade não.. *ria um pouco, sem se importa se os policiais achariam aquilo estranho devido a situação atual* McKellen *respondia*

Mark VanVersatti: - Isso foge do meu controle. Não posso fazer nada se essa cidade é assim. As leis daqui são tortas. * Riu. Sabia-se lá se a mulher era nova iorquina, mas agia como uma, até no jeito frio. Mas Mark parecia não se abalar tanto com os cortes e jeito seco. Parecia se importar mais com os miolos espalhados pelo chão. * - Caralho, isso aqui está um nojo, McKellen. * Fez sinal para o barman retirar dali a cerveja e empurrou duas notas de dólares, o que pagava a bebida. * - Ou uma calibre 12. O negócio é porque fariam isso com uma senhora ? * Riu. * - Tenho receio de virar a esquina e ser o próximo. * Levantou-se indo na direção da saída do Bar enquanto olhava para o outro lado, oposto ao do corpo. Era desagradável. *

Keyra McKellen: *ela sorri e olha para ele* Uma .12 teria feito um estrago maior não acha? *era o cúmulo.. ela esta se divertindo mesmo em falar sobre as possibilidades da arma utilizada? Ela então via o rapaz reclamar.. estava ficando verde com toda aquela situação.. será que ele era Californiano? pois as pessoas da Califórnia eram moles demais.. pareciam não possuir estômago o suficiente para a violência escancarada na cidade.. ela acabava a refeição e outro copo de cerveja... pagava a refeição e via o rapaz se retirando do local* Tsc... *sorria com os cantos dos lábios pegando a carteira de cigarro.. e retirando de lá um deles.. levando aos lábios levemente carnudos.. guardando a carteira no bolso e se erguendo.. os policiais não notaram a saída dele.. e ela ía então para a porta.. também saindo do bar.. não iria sujeitar os outros à fumaça de mais um cigarro.. de mais uma pessoa que não se importava com o ambiente fechado.. não.. ela caminha um pouco na calçada e observa a janela que recebeu o primeiro impacto do projétil.. o estrago seria muito maior na senhora.. com toda a certeza do mundo e ela murmura sorrindo levemente com o cigarro nos lábios* Você está ficando velho meu chapa...

Mark VanVersatti: * Mark puxou o cigarro e novamente encostou-se em um dos carros do local que não era dele. Bastava observar o adesivo na janela escrito " I New York ". * - Sou holandês. * Sorriu de leve. * - Mas enfim, os miolos não me atrapalha, não se eu não estivesse prestes a comer alguma coisa. Cheiro dessa água que tem na cabeça é horrível, você parecia não sentir. Até os policiais estão usando máscaras brancas no nariz. Você é legista por acaso ? * Ergueu uma das sobrancelhas enquanto foi acendendo mais um cigarro novamente exalando aquele cheiro de menta. Logo no dia que tinha pra relaxar, aquelas coisas aconteciam. * - E você pra estar acostumada com essa violência é da onde? Brooklyn, Mc Kellen ? Rs. * Péssima piada. *

Keyra McKellen: *era incrível.. ela tinha tido um pensamento alto.. nem tinha reparado que Mark estava ali encostado em um carro que dizia " I New York ".. e então ela retirava o cigarro dos lábios.. um cigarro que não tinha sido acendido ainda* Holandês... *murmura, voltando a atenção para ele que perguntava se ela era legista. por reclamar do cheiro do líquido amniótico.. ou sabe-se lá se este era o nome correto* não.. eu não sou legista.. mas em uma cidade violenta.. não tem como não se acostumar com certas coisas.. ou talvez.. porque o cheiro do peixe e da pimenta que eu usei na comida estivessem mais fortes.. ou quem sabe.. *dá de ombros* eu estivesse distraída demais.. ou distante demais para não sentir o cheiro.. *ela olhava com calma para o lado vendo o movimento das ruas naquele ambiente noturno e com luzes a piscar demais.. luzes de ambulância e de carros de polícia* Na verdade sou das Highlands...

Mark VanVersatti: - Holandês. Não tenho nada contra os Estados Unidos, só contra os Nova Iorquinos o ou jeito deles. Você falou sobre a Califórnia, né? Já morei em Los Angeles. Lá é ótimo por sinal. A violência é por 'máfia' não por gangues urbanas como essas que a cada esquina tem uma cor. Parece até jogos virtuais. * Suspirou meneando em negativo enquanto o corpo foi saindo. Não tinham o porquê fazer perecia uma vez que mal dava pra identificar o rosto da mulher e ninguém no Bar concordou em prestar depoimento. Um trágico caso. No lado de dentro o Barman passava um rodo com um pano úmido para "limpar" o chão. Em dez, quinze minutos o bar voltaria ao normal. * - Highlands, Escócia? E gosta daqui ?

Keyra McKellen: *ele pode ver Keyra olhando com os cantos dos olhos na direção dele.. um olhar que antes poderia ser de alguém que não se importava de conversar com um estranho.. virando um olhar um tanto quanto desconfiado.. ela não falou nada sobre a califórnia.. apenas tinha pensado se ele era Californiano.. por ser mole demais.. ou Frouxo.. como algumas pessoas diriam de forma mais ríspida... mas aquele caso.. no caso da senhora.. não foi uma coisa de gangue.. Não... não.. Gangues não possuíriam uma .50 para abater uma senhora dentro de um bar.. ainda mais que se ele tivesse observado a janela que ela observou.. teria sacado que foi coisa de profissional.. de um Sniper.. ele podia ver Keyra levando o cigarro aos lábios mais uma vez.. e então.. acendendo-o.. a chama alaranjada iluminava muito pouco o rosto dela.. ele podia ver o trago curto no cigarro e então ver a moça responder de forma fria* Não.. não gosto.. mas quando não se pode estar no lugar que se quer estar.. então você anda de acordo com a maré... *ela então soltava a fumaça por entre os lábios.. parecia suspirar como se aquela conversa não fosse levar a nada* Você me alertou sobre os policiais... *ela começava a se afastar* obrigada... *levava o cigarro de volta aos lábios.. Sentindo aquele gosto amargo que tomava conta da boca.. dos pulmões.. pensando que talvez não deveria ter feito aquilo*

Mark VanVersatti: * Deu mais um trago no cigarro e soltou a fumaça de leve. O vento que se carregou de espalhar a fumaça pela rua. * - Hm, eu não sei. Eu nem olhei direito, só sei que aquela água amarelada, os miolos, o cheiro, puta merda, não agüentei. Acho que você foi durona demais nesse sentido. Estranho, normalmente qualquer um iria sair como eu saí. Você continuou comendo, porra ... * Apertou os olhos como se aquilo fosse estranho. * - Enfim, acho que já vou indo McKellen, prazer em te conhecer. Você tem jeito de tira. * Riu tocando-a nos ombros e desencostando-se do carro. * - Te vejo uma hora dessas ? * Jogou o cigarro no chão e pisou em cima enquanto olhou em volta vendo os carros de polícia e a ambulância saírem sem pressa. * - Espero da próxima vez o clima mais ameno. * Piscou um dos olhos enquanto foi caminhando na direção do final da rua. *

Keyra McKellen: *ela escutava o que ele falava.. o que ela poderia dizer? que depois que você se acostuma a comer vendo filmes como o Exorcista e a Mosca.. ver uma pessoa morta.. enquanto ela já tinha ingerido boa parte da comida era fichinha? não.. com certeza isso o assombraria... ela apenas conseguiu ficar ali de boa.. por talvez naquele dia ela estivesse com a alma dura demais para se abalar com qualquer coisa estranha como aquilo.. ela tinha sentido o toque no ombro e chegou até ver o rapaz antes dela começar a se afastar.. definitivamente se tinha algo que talvez fizesse o estômago dela revirar um pouco.. foi ter fumado aquele maldito cigarro..* quem sabe? *murmurava em tom baixo enquanto ele ia para um lado e ela para o outro.. a noite seria longa para muitos.. e para Keyra.. estava apenas começando.. era hora de escrever algo com toda a certeza que aquele mundo poderia há de dar para ela... e a única coisa que ela se lamentava.. era não estar com o Notebook dela naquele momento.. para poder colocar no ar, as linhas que ganhariam vida.. o cigarro ganha o ar.. girando e deixando a brasa mostrar sua trajetória.. um cigarro pela metade.. e então Keyra partia em busca de mais uma noite de trabalho.. entediante trabalho...*

domingo, julho 23, 2006

23.07.06

Keyra McKellen: *Tinham duas noites que ela estava chegando tarde do trabalho, não tinha por que reclamar daquelas duas noites.. os dias estavam sendo algo realmente .. chato... Brigas e mais brigas.. lágrimas e mais lágrimas.. até mesmo as noites estavam começando a ter uma tendência que a levavam para a maldita depressão.. e Justo hoje.. justo hoje uma das brigas foi a mais feia e a fez querer desesperadamente sucumbir ao velho vício mais uma vez.. mas Keyra resolveu escrever.. resolveu escrever algo que ela pudesse expor um pouco seus demônios interiores para fora.. e lá estava ela... querendo mais uma vez chorar.. mas ela guardava suas lágrimas.. guardava seus gritos.. pensando seriamente se mandava alguém para os quintos dos Infernos.. Keyra respirava fundo.. mantinha seus cabelos bicolores presos em um rabo de cavalo.. O casaco negro se encontrava ao lado assim como sua bolsa.. e ela digitava.. digitava de forma rápida.. evitava ver a luz piscante na janela ao lado* me deixa em paz.. me deixa em paz antes que eu fale o que eu não devo.. *respirava fundo de modo exasperado, enquanto digitava.. o atendente do café olhava a moça conversando com a tela de seu notebook.. compenetrada em algo que escrevia.. nunca tinha a visto daquele jeito.. ela parecia que queria brigar.. mas o olhar.. Ah! sim.. o olhar escuro de Keyra dizia outra coisa... Keyra via mais uma luzinha a piscar.. morde o lábio.. respirava fundo franzindo o cenho.. abria a outra janela.. lia aquelas poucas linhas.. tentou explicar o mínimo possível.. mas sabia que apenas teria mais e mais linhas surgindo ali... forçava o maxilar.. pensava seriamente em desligar tudo.. * por favor.. me deixa em paz... *a voz vinha fraca.. ela já não digitava mais de forma rápida.. já deixava a mão passear pela fronte, enquanto a cabeça se abaixava um pouco* eu preciso apenas de um tempo.. *murmurava naquela angústia de quem segurava todos os sentimentos possíveis para não explodir com a pessoa errada. Algumas lágrimas rolam.. ela sabia que usariam de todos os argumentos para descobrir o que estava acontecendo com ela.. mas naquela noite.. ela se manteria em silêncio.. guardaria com ela todas suas tristezas.. todas suas angústias.. guardaria a vontade louca que ela estava em fumar cigarro..e deixaria que as linhas dela não ganhassem vida desta vez.. Com certeza.. aquela noite não era para a Internauta McKellen.. com certeza nem mesmo os mais ingênuos que se clamavam os mais sábios não leriam suas linhas naquela noite.. ela não estava uma boa companhia... fosse na Internet.. fosse no mundo real.. talvez dormir fosse a melhor fuga naquela noite* Boa noite.. e me desculpem... *fechava o Notebook.. sem dar chances para gritos dizendo que a ajudariam.. erguia-se da mesa deixando o café a esfriar e as notas que pagariam por este vício...era uma noite para se pensar... ou talvez fosse uma noite apenas feita para chorar*

quarta-feira, julho 19, 2006

17.07.06

Keyra McKellen: *Depois de alguns dias tendo sérios problemas com a Internet, a qual ela chama de Net ou de Matrix... Keyra resolve dar um tempo daquele mundo virtual. Ainda praguejava que o mundo virtual ainda não tinha chegado ao avançado estilo de Shadowrun ou de Cyber Punk.. Mas com os avanços tecnológicos que andavam ocorrendo onde ficção estava se tornando realidade cada vez mais.. ela ainda tinha esperanças de ver este sonho de consumo realizado.. Mas ela tinha prometido esquecer este assunto.. ao menos um pouco, ao menos enquanto caminhava pelas ruas, que tinha aquele ventinho frio e incomodo em plena tarde.. o casaco negro se encontrava fora do corpo naquele dia, estava até usando roupas em tons azuis e não tinha se preocupado em prender os cabelos bicolores, que sempre arrancavam comentários de que ela precisava pintar os cabelos de ruivo novamente.. comentários que ela respondia que não estava afim e nem se incomodava. Sim.. aquela tarde Keyra estava um tanto quanto pensativa.. ou até mesmo aérea enquanto caminhava na calçada que mostrava diversas lojas que clamava pela entrada de compradores.. é.. aquele mês estava realmente estranho e ela estava pensando o quão fraco andava o movimento no mundo do comércio*

Mark Versatti: * Mark tinha acabo de estacionar o carro. Ainda dava para escutar os bumbos duplos e a voz de uma mulher cantando que cessaram quando o rapaz desligou o carro. Aparentava uns 27 anos, tipo físico atlético, pele clara um tanto pigmentada pelo Sol. Vestia-se com uma camiseta branca e por cima dessa camiseta um casaco preto de uma marca tradicional, algo que formava um belo conjunto, encorpava mais ainda o homem. Junto disso usa também uma calça jeans acinzentada e um tênis esportivo parecendo algo de como um Reef. Os cabelos eram lisos e caíam sobre a nuca, a franja por sua vez passava rente a linha da sobrancelha e contrastava com os olhos verdes e a barba rala. Usava um anel de prata no polegar. Olhou para os dois lados e bateu a porta do carro quando viu a mulher passar. Aquela aparência pareceu lhe chamar a atenção. Como se diz nas ruas-da-vida: Adorava uma mulher mais branca com os cabelos longos. * - Hm... *Ergueu uma das sobrancelhas rápido como se voltasse a realidade e foi na direção de uma das lanchonetes que ficavam naquela mesma calçada.*

Keyra McKellen: *Ainda podia se ver coisas comuns naquela cidade. Sempre tinha um artista autônomo que fazia seu show na expectativa de que alguém o descobrisse ou apenas para ganhar o sustento do dia a dia, mas ver a pessoa parar de cantar só por que alguém tinha estacionado o carro era novidade.. Medo? respeito? Keyra continuava seus passos, vendo o rapaz de aparente 27 anos e de vestes comuns, nada que poderia chamar tanta atenção.. Um rapaz como outro qualquer que parecia se preocupar um pouco talvez com a aparência física no que se tratava do porte atlético. Outra coisa que talvez tenha chamado a atenção dos escuros olhos de Keyra.. Olhos castanhos escuros foi o anel de prata no polegar.. poucas pessoas usavam alianças de prata em dedos como o polegar que era o caso dele e no indicador esquerdo que era o caso de Keyra... Mesmo assim, ela não iria parar.. não naquele momento em que o rapaz passava ao lado dela lançando-lhe um olhar de forma delongada enquanto ela passava, para depois ela observar apenas com os cantos dos olhos que ele entrava em uma das várias lanchonetes que tinha naquele comércio.. Foi apenas depois que ele entrou na lanchonete que ela parou os passos dela, olhando por cima do ombro a artista que tinha parado de cantar.. voltando suas atividades novamente.. por um momento sorri e meneia a cabeça em negação. retirava do bolso do casaco o celular observando as horas* Café da 3.. droga.. tinha me esquecido deste fato.. *murmura em tom baixo.. voltando alguns passos e entrando na mesma lanchonete do rapaz.. veria até que ponto eles se manteriam estranhos um para o outro*

Mark Versatti: *Estava na fila, atrás de um homem de mais idade e no caso na frente dela, mas ali a fila pouco importava. O atendimento no balcão era mais prático ainda mais para Mark que não parecia lá tão paciente. * - Por favor... hey.. * A atendente passou reto sem se quer olhar para ele. * - Porra... * Meneou negativamente e olhou para o outro lado para não xingar mais até dar de cara com a mulher novamente. * - Oh, desculpe. * Talvez pelo susto, talvez pelo QUASE encontrão que provocara. Virou-se novamente na direção do balcão até que um atendente homem veio atende-lo. * - Vê pra mim um sanduíche e uma coca cola por favor. * O homem virou as costas indo buscar o que o rapaz havia pedido.* - O diazinho ...

Keyra McKellen: *ao que tinha entrado no lugar.. ela acabou se incomodando com o frio que acabou tomando conta de seu corpo.. talvez por que na rua estivesse um pouco mais quente do que ali dentro do café que estava com um clima ameno.. o fato é que enquanto estava na fila, vendo que seu café das três iria se tornar café das quatro.. o que seria uma ironia pois às cinco tinha o famoso chá que os Ingleses sempre tomam.. Keyra aproveitava para colocar o casaco Negro sobre o corpo.. um casaco que poderia lembrar um blazer mas que muitos já tinham comentado que ela parecia gostar do estilo Medieval.. paciência se ela gostava do estilo ou não, mas os pequenos enfeites laterais. lembravam fitas trançadas como se usadas para ajustar o casaco ao corpo dela.. pode ver o virar do rapaz dando um passo para trás olhando-o como se o olhasse de esgueio..* - Não se preocupe.. *falava em tom baixo, como se acostumada às pessoas que não esperavam por respostas.. e ela em certo ponto se divertiu vendo a agonia do homem em sua pressa*- O Dia está como todos os outros não tendo muito no que se diferenciar.. deveria estar acostumado com a Lei de Murphy... *ela morde o lábio inferior umedecendo o lábio e fechando os olhos estalando de leve a língua.. não tinha se contido ao soltar aquele comentário para alguém que estava mal humorado*

Mark Versatti: * Ergueu uma das sobrancelhas na direção da mulher quando ela quando ela falou a primeira frase. Talvez tivesse aprovado a educação. Ajeitou o cordão e sacou do bolso de trás da calça jeans a carteira própria. * - Hm... Três, quatro, cinco dólares. * Deixou as 5 notas de um sobre o balcão que foi rapidamente recolhida pelo atendente.*- Pra isso nego é rápido. É foda ... * Meneou em negativo e olhou para a mulher que tinha soltado o segundo comentário. * - O dia é como qualquer outro, 24 horas. O negócio é : as coisas que acontecem dentro das vinte e quatro horas. * Meneou em negativo rindo baixo, sabia que ela tinha entendido, sabia que talvez aquilo fosse só pra provocar. * - E você ? É daqui? *Aquela pergunta já tinha vindo a cabeça desde a primeira vez que a viu. *

Keyra McKellen: *três.. quatro.. cinco dólares pelo sanduíche e pela coca-cola.. como não amar o estilo americano de vida? Ela observava o rapaz deixando os dólares sobre o balcão e mais uma vez reclamando.. ele podia ver Keyra sacando o dinheiro do bolso e se aproximando do balcão* Um Capuccino sem chantilly por favor. *ao contrário dele... Mark podia ver que Keyra foi atendida mais rapidamente aonde ela não foi ignorada.. ela sorria de leve escutando os comentários dele* As coisas que acontecem dentro das 24 horas apenas acontecem por que queremos que aconteçam, mesmo de forma inconsciente.. quanto as surpresas.. *ela dá de ombros pegando o café e agradecendo o atendente.. pegava dois saches de açúcar e caminhava para uma mesa* elas sempre hão de acontecer, ou então Murphy não existiria com suas leis apenas para nos irritar... *ela então escuta a pergunta.. parando os passos e olhando por cima dos ombros* - Vivo há mais tempo neste local do que eu gostaria de pensar que vivo... talvez eu pense em me mudar.. talvez eu viva aqui por mais tempo... sabe-se lá que caminhos eu hei de trilhar... *volta a olhar para frente escolhendo uma mesa que ela poderia ter uma visão de toda a lanchonete*

Mark Versatti: - Falou muito mas não disse nada. Afinal, é ou não é daqui? Esse teu porte, a cor de pele, enfim .. parece mais uma escandinava. Noruega, Finlandia e proximidades... *Riu baixo enquanto pegou o sanduíche e deu uma pequena mordida apenas para se certificar se aquilo ali estava bom.* - Hm ... * Mastigou um pouco e engoliu. * - Fora esse teu jeito "Oh" de falar. Parece um livro descrevendo algo. * Mark olhava de forma desconfiada. O jeito 'prático' era confundido com o estilo dele. Não aparentava gostar do que gostava e fazer o que fazia, que ia contra o que gostava e contra o que parecia gostar. Era alguém que não poderia se levar em conta as aparências. * - Você e o Murphy. Lei de Murphy, Ed Murphy .. * Bebeu um pouco da Coca-cola. * - E qual é teu nome ?

Keyra McKellen: *ela suspira enquanto colocava os dois saches de açúcar na xícara e depois misturava-o ao café.. não olhava para o rapaz* - A cor nem sempre pode vir a dizer de que região sou proveniente... eu poderia ser da escandinávia. Da finlândia, noruega quem sabe, mas não sou destas regiões como você tanto anseia. Meu nome poderia dizer para você de onde sou *finalmente sorri* Mas por seu mau humor eu jamais poderia dizer que você é um Irlandês.. pois os Irlandeses sorriem até mesmo para aqueles que eles não simpatizam, o que os tornam traiçoeiros aos olhos de muitos, mas poderia notar que eu não estou a sorrir o tempo todo *arqueia uma sobrancelha de leve* Mas também eu não seria uma Inglesa, pois Ingleses dão preferência ao chá e não ao café que estou pronta para tomar.. então continuo a falar.. a falar.. e ainda o deixo na dúvida.. de onde eu sou realmente? *ela bebe um gole do café.. provando o sabor* sou uma pessoa atípica das Highlands.. mas assim mesmo eu ainda sou de lá. Meu nome? *contém um riso* McKellen... será o nome pelo qual me chamará até que as formalidades se encerrem e você se mantenha de pé a comer seu sanduíche, se perguntando se ele é de boa procedência ou não já que o atendimento não foi um dos melhores contigo.

Mark Versatti: - Ainda bem, não gosto muito do pessoal do Norte. Já tive péssimas experiências com estes. Prefiro esquecer que aquelas terras de merda existem. * Meneou em negativo. * - A Europa hoje em dia pra mim termina na Rússia. * Novamente comeu mais um pedaço do sanduíche, dessa vez dando uma boa mordida enquanto olhava para o outro lado. Highlands, Lowlands, havia estudado aquilo há um bom tempo. Escócia! Pelo menos era o que passava pela própria cabeça. Ficou calado dessa vez. * - McKellen ? Hm.. Pode me chamar de Mark mesmo. É como todos me chamam onde eu moro, é tranqüilo. Não costumo me preservar tanto. * Piscou o olho como se fosse algo que a tocasse, mas talvez não. * - E essas formalidades acabam quando? Quando vou poder saber seu nome "principal"? McKellen pode ser qualquer mulher de sua família. *Riu tomando mais um gole de coca.*

Keyra McKellen: *Keyra observa o rapaz que comia e que dizia que tinha traumas dos povos do Norte e que a Europa terminava na Rússia* Conheço alguns bons russos, devo confessar, assim como conheço alguns nórdicos um tanto quanto simpáticos. Os irlandeses são valiosos amigos quando você tem a confiança deles e a amizade. Apesar dos Ingleses possuírem toda suas arrogâncias uma boa conversa filosófica pode ser debatida com eles. Italianos parecem sempre estar a brigar, não escapam do estereótipo de mafiosos, mas sabem como servir uma boa refeição e são ótimos em reclamar de um mau atendimento e de uma comida insossa. Os gregos sabem como viver a vida de forma intensa e os romenos são ótimos para contar-lhe histórias não meu caro amigo. A Europa não termina na Rússia como assim você o diz.. E novamente o digo que ainda me chamará de McKellen. Hei de concordar com você, quando qualquer mulher de minha família pode vir a se chamar McKellen, mas não só as mulheres, você há de convir. Pois McKellen é um nome de Família, onde até mesmo existe um ator que possui tal sobrenome. Poderia eu estar a brincar contigo? Quem sabe? *sorri terminando o café, talvez ela tenha dito algo que não tenha agradado muito o rapaz que já se encontrava mal humorado e que de qualquer forma tentava arrancar o primeiro nome. Os sorrisos e risos de descaso com o jeito “oh” de falar que ela possuía, pareceram não afeta-la e eis que Keyra viu então o rapaz terminar o sanduíche e a coca-cola, saindo pouco depois de sua presença* Como diriam os franceses... *murmura sorrindo* C’Est la Vie

terça-feira, julho 18, 2006

04.07.06

Keyra McKellen: *Naquela noite ela não estava tão sombria quanto nas ultimas noites.. Mas ainda sim suas vestes mantinham um tom negro, mas desta vez com um pouco da mescla na cor que poderia se dizer vermelho.. Mas o vermelho não seria o tom certo.. Nem mesmo Vinho seria o tom. Alguns diriam então que seria Terracota aquela cor da camisa que se encontrava por debaixo do casaco negro e pesado.. Outros bradariam a dizer que não.. Que a cor certa era tijolo.. Mas de que valia saber se era terracota, tijolo, vinho ou vermelho? Todas estas cores no fundo tinham sua gramatura do vermelho.. Então isso era o que se tornaria mais importante no momento.. Mas antes que ela se perdesse nesses pensamentos sobre a cor ser ou não ser.. Ela tinha em suas mãos a folha que ela mandara imprimir.. Lia ali as poucas linhas que diziam algumas novidades e por mais que ela tenha tido motivos para não ficar sorrindo tanto.. Talvez por preocupações.. Talvez por raiva.. Talvez por angústias.. Ela riu um bocado lendo aquelas poucas linhas* é.. Ele não perdeu o jeito mesmo... *erguia os olhos dobrando o papel que tinha em suas mãos e o guardava no bolso da calça, pois não confiava de forma alguma no bolso da jaqueta por achá-la rasa demais. Estava uma noite mais fria do que o comum, mas pela primeira vez ela sorria com aquele passar de Boreas que tentava fazer todos irem para casa enquanto ela se mantinha ali sentada.. Mais uma vez o banco daquela praça lhe fazia companhia, enquanto ela parecia conversar com ela mesma. Mas ela fecha os olhos.. Sentindo um aroma no ar.. Um aroma que ela conhecia.. Melhor do que ninguém.. Advindo do nada.. Como uma marca registrada.. Por um momento ela sorri e volta a abrir os olhos* não.. Eu não estou precisando do velho vício... *apoiava os braços no encosto do banco.. Cruzando uma das pernas e vendo um fio ou outro a balançar ao sabor do soprar de Boreas* Sim.. Eu sei.. *murmura com os pensamentos distantes a olhar um pouco para o lado.. Keyra não era louca.. De forma alguma ela seria.. Não ao ponto de vista dela que achava normal conversar com aquela voz que às vezes ela escutava em sua mente.. Não.. Para ela aquilo não era sua consciência, mas era algo mais forte.. Um vínculo muito mais forte do que as pessoas estão acostumadas a ver*

Angelo Lietzendorf: *com ninguém a sua volta...pelo menos assim pensava.Angelo permanecia caminhando em volta a praça...e para. resolvendo por seus planos em ordem. era a primeira vez que fazia aquilo desde que fora para aqueles lados. Pois antes vinha em sua cabeça o obvio...a notória sorte que tivera nesse lugar...palco de tantos acontecimentos estranhos.sorte...em ter encontrado um velho amigo...não ter sido incomodado pela seita, e ter arrumado aliados em tão pouco tempo....angelo sorri....olhando pra cima*obrigado meu deus.....dai-me forças para continuar...*angelo apesar de aparentar o contrario,tinha sua fé....fé na obra que fazia pra deus...e feliz porque quase ninguém o entendia...apenas...ele....angelo continuava a andar até chegar em um dos postes da praça...próximo ao ponto...e se lembrando da notória moça que havia conversado com ele noites atrás....e por fim encosta no poste...ficando embaixo da luz...observando os insetos dançarem pela noite fria*

Keyra McKellen: *Os pensamentos poderiam estar um poucos distantes, mas o ressoar dos sapatos nas calçadas que faziam os percursos no parque, não podiam deixar de serem ouvidos, não em uma noite fria, aonde as pessoas costumam procurar locais mais aquecidos. O leve pender da cabeça, que fazia com que Keyra olhasse um pouco mais para o lado.. fazia com que seus olhos escuros pudessem ver o rapaz que parecia perdido nos pensamentos buscar recostar o corpo no poste.. Deja vú.. eis uma cena que seria tão clara quanto a luz do dia, por conta de ainda estar tão recente em suas lembranças.. Keyra olhava ao longe o rapaz que parecia tão distante em seus pensamentos quanto ela esteve um dia.. algumas noites atrás e ela bem se lembrava* Deja-vú.. *murmura em um respirar mais prolongado.. como havia sido mesmo a conversa? Ah! Sim.. uma conversa sobre o fato dela estar vivendo mais tempo em um mundo abstrato do que estar mais agarrada aos fatos que a cercavam*

Angelo Lietzendorf: *certas lembranças começavam a surgir...começando a se perguntar quanto tempo fazia o que estava fazendo...tinha todo o tempo do mundo...pra vagar fazendo o que há muito tempo...alguém lhe soltou no mundo dizendo pra fazer...aonde aquilo ia dar???nem ele sabia...e não costumava se perguntar...apenas...fazia...certas coisas como...porque ele...porque exatamente o que fazia...e qual seria seu futuro???nenhum...que fosse...se há alguma recompensa pra ele em algum lugar...ele a acharia....mesmo que levasse a eternidade...angelo começava a mexer no terço....rolando seus pequenos círculos distraído...em baixo do poste....aquela noite...uma noite para reflexões...o frio era um bom livro...então que escrevamos sobre ele....até que olha pro lado e vê a sombra sentada no banco perto do poste...e apesar de não conseguir ver quem era devido a luz logo abaixo de si....a cena também o trouxe uma sensação de deja-vu...ao invés de se aproximar...ele apenas forçava a vista para tentar ver quem era*

Keyra McKellen: *lá estava ele..seguro sobre a luz que o alumiava.. pois assim eram aqueles que pensavam que a luz era a protetora dos desavisados.. mas algumas vezes ela podia se tornar inimiga, pois também pintavam como alvo as pobres almas desavisadas que se perdiam em pensamentos por muito tempo.. Sim. e lá estava ela.. sentada mais uma vez no banco daquela praça, aonde a luz indireta sobre seus ombros repousava.. Keyra sabia muito bem que a iluminação local daquele banco a manteria como um vulto para aqueles que estavam mais distantes.. como um vulto a espreitar.. ela mantinha os braços apoiados no encosto do banco.. mantinha a perna cruzada.. mas o olhar dela observava o rapaz que parecia ter percebido sua presença que agora não mais era oculta.. mas como poderia ser oculta.. Simples? muitas pessoas passam despercebidas.. por justamente se manterem imersas em seus pensamentos sem incomodar o que lhe rodeia.. fazendo até mesmo muitas pessoas se assustarem e soltarem o jargão de assustar quem tivesse coragem.. e Keyra pendia a cabeça de leve.. um movimento sutil que não mudaria em muito a forma em que ela se encontrava.. mas o suficiente apenas para manter seus olhos escuros sobre o rapaz que talvez tivesse tentando adivinhar quem estava a espreitá-lo*

Angelo Lietzendorf: *angelo por fim olhava pra baixo...e focava seus olhos na luz novamente...seus olhos lhe deram a maçante o bastante para perceber que estava no outro banco...era a mesma moça...a mesma a quem abordara de uma forma estranha...e foi recebido de forma estranha...as lutas pra entender exatamente o que o levou a incomodar-la aquele dia ainda permaneciam...embora que meio inertes...preocupações do cotidiano...não o cotidiano dele...dado ao fato de ser bem diferente...e o vento passava novamente fazendo os cabelos voarem...e a noite o lembrava mais uma vez que ela hoje estava feliz...e que essa felicidade foi trazida para proveitos...duvidas e reiterações...de qualquer forma...ela que fosse...outros tempo...e outro modos...talvez alie a gora,com a moça seria diferente...mais 2 minutos???talvez....angelo apenas saiu da lua...e encarou a moça de frente...com as mãos no bolso.Sim,era ela...diferente daquele dia,aparentava não ter o que falar...os problemas o impediam de tal....então deu um sorriso perdido...cerrando os olhos levemente quando a brisa passou de novo....e deu um suspiro pesado...ficando parado logo a frente do poste,mas não mais embaixo de sua luz...deixando o momento dos olhares..congelar...ficando parado sem dizer nada...deixando que a noite fosse o que ela veio pra ser...uma trilha sonora*

Keyra McKellen: *nem um.. nem outro.. ambos se mantinham em suas bases de observação.. ele apenas se retirava da luz traiçoeira.. afastando-se um pouco da área da iluminação do poste.. mas ambos ainda pareciam medir forças naqueles olhares que nem mesmo poderia se dizer que era uma queda de braço para saber quem cederia. quem se aproximaria.. e quem começaria a conversa filosófica entre eles.. o olhar dela é desvencilhado.. aonde os olhos dela parecem mirar um pouco para um dos lados.. estaria verificando a área.. ou não o teria identificado.. o mistério iria permanecer.. suspenso no ar devido ao silêncio mantido por eles mesmos.. Mas depois de um tempo ela volta a olhar-lo.. Keyra descia os braços que estavam acomodados no encosto do banco.. apoiando-os agora sobre as pernas.. reclinando um pouco o corpo para frente e unindo as mãos, ao deixar os dedos se entrelaçarem um com o outro.. mas ainda sim.. parecia que não se aproximaria .. mesmo mantendo aquele olhar a espreitar a figura de Angelo.. o ar escapa rapidamente pelo nariz.. naquela típica expressão de quem não acreditava na situação.. o sorriso com o canto dos lábios, apenas complementam a ação que a faria desvencilhar o olhar mais uma vez..... ela meneia a cabeça em negação muito sutilmente e ergue o tronco.. mas não deixando o banco ainda.. apoiando as mãos nas pernas e respirando de forma delongada* definitivamente Deja-vú.. *murmura de forma baixa. talvez apenas por ser um pensamento que escapara pelos lábios que se mantiveram silenciosos por tanto tempo*

Angelo Lietzendorf: *angelo parecia não reparar nos trejeitos da moça....pela sua cara,diria que nem ao menos reparou quando ela olhou pro lados...sua mente voltava a buscar um porque....continuou com os olhos azuis direcionados a moça...via-se que tinha vontade de quebrar essa pseudo-disputa....não conhecia a moça,mas sabia que ela não cederia aquilo...então pra que tentar lutar???as palavras não vinham...não era a primeira vez que sua mente pregava peça do tipo que deveria já ter ido seguir seu caminho...caminho???ele também não tinha...não aquela noite...a não ser que considerasse andar em círculos a noite toda...a típica noite...para brincar de procurar sentidos...para uma coisa tão....e sua mente não completa a palavra...angelo ficava em silencio...sem mudar de cara...realmente parecia congelado...algo em sua mente,mesmo naquele estado,captou o que a moça dizia.Bom...estava obvio que a intenção dela não foi nada com relação a situação...mas quem se importa...a expressão de angelo mantinha-se seria...uma seriedade mesclada com...paz...*sim...deja-vu....fim feliz de um joguinho escrito no livro das penas de um começo de noite....*deixando o comentário voar congelado no ar...não mudava de expressão....ele sabia que os gestos dela não correspondiam com o dele...mas angelo era assim...a luta era pra se entender...os outros ficariam pra sorte*

Keyra McKellen: *ela pode escutar algo.. não necessariamente as palavras que ele realmente disse, mas pode escutar o som que parecia tão baixo, mas se fazia presente naquele silêncio mantido por ambos. ela então forçava o corpo para frente.. erguendo-se do banco.. olhando por um tempo o rapaz que estava imerso em seus próprios pensamentos.. por um momento mais ela sorri com os cantos dos lábios, pois naquela noite não era ela quem estava com os pensamentos tão distantes, mas sim ele quem assim se encontrava.. e em se tratando de pensamentos distantes.. keyra sabia muito bem como aquilo poderia se alongar por toda a noite.. ela suspira de forma prolongada e então deixa que o corpo tome uma direção.. um quarto de giro ela dava. e Angelo então pode escutar o ressonar do solado dos sapatos que ela calçava contra o concreto dos percursos e das trilhas que aquele parque oferecia.. mais uma vez ela andava com as mãos ao bolso do casaco escuro.. já tinha lido notícias interessantes a ela.. notícias que tinham trazido o riso.. mas a noite seria um pouco mais curta.. pois longa se tornava a noite quando esta era a amante dos insones e naquela noite ela não estava preocupada.. nem mesmo estava a sofrer de insônia.. na verdade ela estava até um bocado cansada e o trajeto de sua casa agora povoava seus pensamentos.. Sim.. Sim.. ela começava a se afastar daquele banco.. daquela praça.. não dando chances para conversas filosóficas* Boa noite.. e boa sorte.. *ela falava sorrindo sem olhar para trás.. lembrando-se de um filme em que esta frase fora dita muitas vezes.. Ah!! como ela poderia se esquecer.. em tantas preocupações que ela teve, algumas outras pessoas também esperaram a resposta dela e ela balança a cabeça em afirmação.. mantendo as mãos aquecidas em seus bolsos.. olhando o chão enquanto se afastava* sim.. eu realmente me esqueci, não é mesmo? *murmurava* mas eu vou ajeitar isso.. em breve...

Angelo Lietzendorf: obrigado....*angelo podia ouvir as palavras da moça...e de novo....a conversa terminava como começou...nada...agora sim começava a achar que era paranóia de sua cabeça...um dos raros casos em que um pensamento realista tomava sua cabeça...ele não esperou para a ver a moça sumir dentre os arbustos...tomou a direção oposta...indo em direção ao lago....sentando-se a beira deste...angelo começava a mexer na água com a mão direita....fazendo pequenos círculos com os dedos...e logo sua mente parava de se encher de perguntas...e ia se perdendo na distorção da água...até que o som d água mexendo ecoava pelo ar...suprimindo o som dos grilos e das folhas....dando som a praça silenciosa*