sexta-feira, dezembro 10, 2010

10.12.2010

Desde sua postura de serpente, a escritora Keyra tem se divertido em escrever novos pontos de vista sobre assuntos já tão velhos conhecidos.
Às vezes tem pensamentos ácidos com as imagens disponibilizadas na virtualidade e é difícil negar aquele sorriso sarcástico aos cantos dos lábios.
Mas causa incômodo ao ver o franzir do cenho, enquanto digita as linhas que um dia serão lidas ou esquecidas.
Pensamento vago é o que diriam.
Ela se tornou um verdadeiro mistério que desejam não cobiçar.
Foi em um dia calorento como o de hoje, que Keyra cutucou de lá e de cá, mas sabe-se lá o que tinha em mente.
Era perceptível a sinuosidade do enrolar de seu corpo, apertando suas vítimas para sorver seus últimos desgostos.
As pessoas incomodadas, esperam sorrisos, mas não há muitos sorrisos naqueles lábios e olhar traiçoeiro.
O cigarro implora para ser fumado e ela respira fundo o ar abafado.
— O Pequeno está demorando...
Murmurou estranhando e talvez, este seja o raro momento em que vemos Keyra mostrando seu lado humano.