sábado, novembro 12, 2011

12.11.2011

Compreender as pessoas é o mesmo que compreender o mundo.
É uma complexidade infinda de frustrações e incompreensões, nas quais desejamos desatar os nós para que haja uma linearidade que nunca haverá.
As experiências vividas que desejamos transmitir são consideradas sonhos supérfluos por mentes juvenis que desejam descobrir seus próprios caminhos e desilusões que marcarão uma vida calcada de mágoas e decepções, enquanto o lado já conhecido é marcado por lágrimas e angústias de quem vê o filme se repetir.
Compreender a humanidade é o mesmo que compreender a individualidade.
É saber que assim como cada gota de chuva possui sua peculiaridade, as pessoas assim também serão e que por maior que seja o esforço, nós nunca mudaremos aquilo que desejamos mudar.
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Há muito eu havia deixado de lado a humanidade com sua complexidade, babaquices e frescurites. Na verdade estava extremamente imersa na criação do pequeno que continua a afundar em sua vida acadêmica e isso.. por mais que eu largue os conselhos para aqueles a quem tive apreço, com o pequeno eu não posso renegar o papel que eu desempenho.
Mas relendo o manuscrito acima, vejo que caí em alguma armadilha do destino que diz que não podemos viver imersos em nossas próprias vidas porque outras pessoas nos rodeiam...
Que precisamos sofrer e chorar por mais de uma pessoa...
Sério... Que babaquice... E por conta de um momento onde tive mais uma desilusão de querer ajudar a quem não merece é que acabei escrevendo a reflexão que está um pouco mais acima.
Afinal? Para que precisamos da humanidade mesmo se ela não aceita ajuda e deseja quebrar a cara no muro? Ah! lembrei... Para eles tal ato significa aprendizado e para os que tentam ajudar e quebram a cara com a esparrada dos aventureiros, resta apenas os risos sarcásticos e sádicos de quem vê o filme repetir, repetir... e repetir mais um milhão de vezes.

terça-feira, setembro 20, 2011

06.09. 2011 & 20.09.2011

As palavras fluem
Com o amargor da vida
Sorris triste
Mas teu olhar entrega Natureza Morta

Tentas gritar ao povo surdo
Arrancar do peito a dor...
- Não Importa!!!
Lágrimas contidas à alma tua
Até um último suspiro.

Eis que surge um sorriso
Sincero, singelo, tão belo
E tudo por pouquíssimas palavras
Escritas ao teu negro quadro!

Parabéns!

Estranhamente observo tais palavras, que fluiram ao que observava uma colega de letras. Ela dizia desanimada sobre a vida no dia a dia; comentando que não via mais beleza; que não via mais vida ou arte em toda sua pureza. Sorri com olhar triste, enquanto escrevia ao que falava para a colega que até mesmo no Caos encontramos beleza. Suspirei ao que ela me contradisse, não por discordar, mas por ela não conseguir encontrar no Caos os momentos inspiradores que eu citei. Aos poucos os demais colegas foram se afastando e a ela entreguei o caderno que tanto rabiscava, seus olhos deslizaram pelas letras e o sorriso roubei de seus lábios. Era o aniversário dela e mesmo com a tamanha tristeza que nela encontrei, fui capaz de mostrar que ainda há beleza, mesmo na tristeza ou no Caos. Fosse no amargor de suas palavras, ou no sorriso singelo do agradecimento às palavras que lhe entreguei.