terça-feira, setembro 20, 2011

06.09. 2011 & 20.09.2011

As palavras fluem
Com o amargor da vida
Sorris triste
Mas teu olhar entrega Natureza Morta

Tentas gritar ao povo surdo
Arrancar do peito a dor...
- Não Importa!!!
Lágrimas contidas à alma tua
Até um último suspiro.

Eis que surge um sorriso
Sincero, singelo, tão belo
E tudo por pouquíssimas palavras
Escritas ao teu negro quadro!

Parabéns!

Estranhamente observo tais palavras, que fluiram ao que observava uma colega de letras. Ela dizia desanimada sobre a vida no dia a dia; comentando que não via mais beleza; que não via mais vida ou arte em toda sua pureza. Sorri com olhar triste, enquanto escrevia ao que falava para a colega que até mesmo no Caos encontramos beleza. Suspirei ao que ela me contradisse, não por discordar, mas por ela não conseguir encontrar no Caos os momentos inspiradores que eu citei. Aos poucos os demais colegas foram se afastando e a ela entreguei o caderno que tanto rabiscava, seus olhos deslizaram pelas letras e o sorriso roubei de seus lábios. Era o aniversário dela e mesmo com a tamanha tristeza que nela encontrei, fui capaz de mostrar que ainda há beleza, mesmo na tristeza ou no Caos. Fosse no amargor de suas palavras, ou no sorriso singelo do agradecimento às palavras que lhe entreguei.