sábado, agosto 05, 2006

05.08.06

Gabriel V.Heldrich: *Gabriel apressou-se com os passos. Firmes e dessa vez... Inseguros? A ligação o informava de algo terrível. Lembrou-se que havia esquecido o sobretudo lá dentro. * As chaves? *Disse pra si mesmo, dois passos antes de chegar a porta. Virou-se e andou rapidamente olhando com freqüência para os lados. Pegou o sobretudo. Precisava fazer algo, precisava de ajuda, contudo, não queria envolver pessoas naquela história. Ainda mais Keyra, afinal, ela nem o conhecia, porque o ajudaria? Ele colocou o, sobretudo sem pressa, pensando no que poderia fazer, aquele local, não era jamais o local mais apropriado para o que poderia vir a acontecer, e o pior...sabia que se o rapaz que estava vindo atrás dele chegasse, haveria um conflito ali dentro. Heldrich olhou para a porta dos fundos, e rapidamente seguiu em direção a mesma. Deixaria o carro ali mesmo, e pediria para alguém busca-lo posteriormente. Abriu a porta, fechando-a atrás de si. No mesmo momento, um outro rapaz adentrava ao local. Possuía os olhos carregados de insanidade, e um sorriso demoníaco a face. Olhou para os lados caminhando pelo local, como se estivesse a procura de algo, ou seria alguém? Gabriel deu a volta pela parte de trás, pulando um pequeno muro se maiores esforços. Quando ganhou a rua, viu o carro que seu perseguidor estava a usar. Sabia que era aquele carro, pois não era a primeira vez que estavam se “encontrando”. Heldrich atravessou a rua e foi seguindo em direção ao parque central, com passos apressados.

Keyra McKellen: *Ele estava para chegar ao carro quando se deu conta de que estava sem as chaves? Keyra deixa o sorriso finalmente surgir nos lábios ao ver a cena em que ele voltava em direção ao bar para pegar o sobretudo esquecido. Provavelmente a chave estava em um dos bolsos. Os olhos de Keyra acompanharam o rapaz em sua volta e o sorriso morria aos lábios quando ela levava a caneca de cerveja aos lábios durante a aproximação dele. Apenas observava o rapaz, não iria fazer gracejos em relação ao esquecimento. Apenas o via colocando o sobretudo sem pressa alguma. Ele parecia pensativo. Keyra conhecia muito bem aquele olhar de quem parecia remoer algo na mente. Gabriel se afastava da mesa, sem dizer nada e Keyra acompanhou com o olhar o trajeto feito por ele. Ele o fez de forma rápida. Usando as portas do fundo ao invés a porta da frente. Aquilo era realmente intrigante. Algo estava errado, era claro por conta do olhar, por conta da saída estratégica. Mas o que ela poderia fazer? Seguir? Keyra volta a olhar em direção a sua caneca esquecida em cima da mesa. Mais uma pessoa chegava ao bar e Keyra ergue os olhos quando levava a caneca aos lábios mais uma vez. Havia algo de diferente... Um olhar insano... Psicótico Um rapaz que buscava algo. Estariam ligados? Ela não sabia. Pegava o cigarro para dar um trago, observando de soslaio pela janela Gabriel se afastando de forma apressada para o parque central. Keyra exalava a fumaça com um sorriso mais largo nos lábios. E voltava a atenção dela novamente à sua caneca de cerveja, ao seu cigarro e aos pequenos detalhes, como o copo de whiskey e os restos do cigarro que Gabriel deixou ali.* Seqüestrador e assassino...*Ela murmurava sorrindo até que chamou o garçom com um gesto da mão e pagou a conta. Erguia-se de pois de pagar a conta e caminhou em direção à saída do bar*.

Gabriel V.Heldrich: * A idéia de não ter encontrado o que procurava pareceu não agradar ao rapaz, que agora, subia as escadas do segundo andar em sua insaciável procura. Heldrich ganhava tempo, tempo ao menos de poder pegar sua arma, dessa vez, iria dar fim aquela maldita história. Muito mais que somente assassino e seqüestrador, havia ali uma rincha que fora criada ao longo dos anos por ambos. Heldrich pegou um táxi, pedindo para o mesmo seguir até seu refúgio. O rapaz ao lado de cima soltou um grito* Maldição!!!!!!!!!!!!!!!!!!! *Deu um soco em uma das mesas de cima ao constatar que Gabriel não mais estava ali. Se Keyra fosse perspicaz, poderia notar um certo volume por dentro das roupas pesadas que usava o rapaz, contudo, era indecifrável o que estava sendo oculto pelas mesmas. Após alguns poucos minutos chegavam ao esconderijo de Gabriel. Pagou ao taxista que logo partiu. Entrou dentro daquela que era uma loja de armas brancas abandonada. Lá dentro Heldrich guardava algumas coisas, e ali se escondia quando estava sendo perseguido. Foi até o baú onde deixava alguns pertences... retirou todos desordenadamente. Havia um fundo falso no mesmo, que logo foi retirado. Pegou o artefato que estava sendo ocultado pela mesma, como se fosse um troféu. A grande espada permanecia intacta desde quando foi criada, pelo mestre de Heldrich, e entregue a ele de presente, até os dias de hoje. Gabriel respirou fundo, e colocou a espada a altura de sua cintura, prendendo-a a calça. Caminhou até uma espécie de altar que havia criado. Ajoelhou-se no mesmo, fazendo o sinal da cruz e fechando os olhos, disse em forma baixa... *...Non nobis Domine, non nobis, sed Nomini Tuo da Gloriam... *novamente fez o sinal da cruz e levantou-se, saindo de seu refúgio. *

Keyra McKellen: *Ela escutou o murro em uma das mesas e pode apenas observar por cima do ombro aquele que gritava maldição... Keyra sorria com os cantos dos lábios enquanto virava a cabeça em direção a porta e saía... Sim... estava confirmado... os dois estavam ligados de alguma forma... Um seqüestrador e um assassino... foi o que ela pode interpretar. Mas os passos dela alcançam as calçadas e com calma ela atravessava o estacionamento... a rua e finalmente a calçada que a levaria para o parque central... Estava uma noite fria, mas Keyra não se importava... fechava o casaco e continuava a caminhar* Ah!! Boreas... que grandes surpresas você ainda pode vir a sussurrar? *murmurava sorrindo... Keyra não era uma pessoa como estas que se viam rondando naquele lugar disputado... tá certo que ela tinha um amigo Sniper... mas, ela ainda era uma pessoa comum... como todos os outros... e quando vê, lá estava ela... frente àquele banco que ela costumava sentar* Não sei... realmente não sei se hoje seria indicado para eu ficar aqui a monologar com você.... *estava a conversar com o banco vazio.. isso sim poderia vir a ser esquisito se alguém a olhasse.. mas àquela hora.. ela não teria ninguém para observar*

Gabriel V.Heldrich: *O homem que procurava por Gabriel não iria terminar sua busca, afinal, ela nunca terminava. Saiu do bar olhando para os lados, e olhou também para Keyra, mas logo caminhou ate o próprio carro, onde, seguiu para as ruas de Londres a procura de Heldrich. Nesse momento, Gabriel encontrava-se no subúrbio da cidade, em seu peito, havia um crucifixo prateado, que havia pego também junto com sua espada. Olhou as horas ao relógio e em seguida continuou a caminhar. Acendeu um cigarro dando um longo trago. O caminho a ser feito, era o de volta para o bar. Iria procurar pelas ruas até chegar ao bar, a imagem do homem que o seguia. Nem fora tão necessária e demorada a procura. A alguns quarteirões do Parque Central, Heldrich ouviu uma risada... característica de seu oponente. Belmor havia visto a imagem de Gabriel alguns quarteirões à frente, e logo saiu do carro, seguindo-o furtivamente * Finalmente me achando depois de 30 anos Belmor... *Dizia Heldrich, enquanto que passos somente eram audíveis, bem como a gargalhada de Belmor. Contudo sua imagem ainda não fora descoberta. Gabriel parou dando um último trago ao cigarro, que ainda estava inteiro, jogando-o ao chão. Belmor respondia após algum tempo dando aquelas risadas... * “Para seu azar Gabriel... para seu azar...”. * Belmor estava em um prédio daquela rua. Saltou para o chão, caindo exatamente à frente de Gabriel. Ambos retiraram suas respectivas espadas. As mesmas ganhavam um brilho diferenciado, uma espécie de “aura” em torno de suas lâminas. Mais um encontro estava acontecendo, e, mais uma vez, somente um teria o poder. Belmor investiu um poderoso golpe com a espada na direção da cabeça de Heldrich. Gabriel com perícia, conseguiu esquivar-se girando o corpo para trás, e agachando-o de imediato, contra-atacando Belmor com uma rasteira. A rua estava bem deserta, e, eles ocupavam todo o espaço da mesma.*

Keyra McKellen: *O banco se mantinha silencioso como se a observá-la.. Keyra com certeza não veria Gabriel... ao menos era assim que ela achava.. ria sozinha abaixando a cabeça e girando o corpo até sentir-se sentada ao banco* Ok.. você venceu e eu ficarei aqui apenas por um tempo... certo? Afinal... eu tenho que escrever.. ver meus mails.. meus amigos virtuais e assim vai.. Não posso ficar aqui o tempo todo não? *pendia a cabeça para trás fechando os olhos por um momento... sentindo o vento norte tocando-lhe a face e agitar alguns dos fios bicolores de seus cabelos* Assassino e Seqüestrador... Não tardará para eles se encontrarem, sabia? *pensava no que tinha visto* Dizem que pessoas comuns como eu, não devem ver aquilo que não lhes diz respeito... *suspira abrindo os olhos e vendo aquele céu que parecia trazer nuvens que iriam prenunciar uma chuva... estava calmo.. um tanto quanto tranqüilo o local. Mas, em uma noite silenciosa... Boreas poderia ter vozes bem interessantes... Keyra abaixava devagar a cabeça e olhava um local mais distante... pegava um cigarro com calma.. era um som interessante o que ela ouvia. tinha ouvido sons como aqueles apenas em Festas Medievais nas Highlands* interessante... preocupante... *o isqueiro fazia o som do roçar da pedra trazendo a faísca e a chama alaranjada... e Voilá... Keyra mais uma vez fumava o cigarro... soltando a fumaça enquanto apoiava um dos braços no encosto do banco* deveria eu, espiar? *olhava para o banco* é... eu sei... daria um bom livro se for mesmo uma briga com espadas... mas... *mais uma vez tragava o cigarro um tanto quanto pensativa*

Gabriel V.Heldrich: *A investida de Gabriel não surtiu o efeito que ele esperava, Belmor estava atento, bem como Gabriel... contudo, ambos sabiam que aquela batalha seria um tanto quanto demorada... ou... talvez nem tanto assim. As primeiras gotas do céu escuro começavam a cair. Belmor saltou para trás enquanto Gabriel colocava-se de pé novamente. Belmor arremessou a espada na direção de Gabriel, que se esquivou novamente, contudo, havia uma corrente que prendia a espada ao punho de Belmor. O mesmo puxou a espada de volta quando Gabriel tentava lhe desferir um golpe em “x”. NO momento em que a espada tocou o tórax de Belmor, Gabriel sentiu uma forte pancada na nuca, proveniente do cabo da espada que Belmor havia puxado de volta. Heldrich finalizou o golpe sem tanta perfeição, e com a vista um pouco comprometida devido ao forte impacto em sua nuca. O ataque de Gabriel foi forte o suficiente para que se rasgassem as partes onde a espada tocou, criando um ferimento superficial em Belmor, que se mantinha a gargalhar. Como estava bem perto, Belmor aproveitou a situação e deu uma violenta cabeçada a altura do nariz de Gabriel. O segurando e fazendo aquilo por repetidas vezes, foi uma seqüência de 4 cabeçadas. Os golpes surtiram efeito em Gabriel, o nariz havia quebrado logo na segunda cabeçada, o que o fez sentir uma dor bem desconfortável, ao final da ultima cabeçada. Heldrich levou a perna para trás, e depois voltou com muita força a mesma para frente, acertando... bem nos “países baixos “... fez isso duas vezes, uma com cada joelho... a reação foi imediata, Belmor soltou Gabriel, levando as mãos até o local, e Gabriel afastou-se cambaleando para trás, cuspindo um pouco do sangue.


[Continua no Próximo Episódio...]

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